26 de março de 2017

Lost Odyssey - Análise

Na época em que foi lançado, em 2008, Lost Odyssey ganhou destaque por ter sido criado por um time de desenvolvedores que ficou famoso por terem produzido grandes jogos da franquia Final Fantasy. Mas a mídia logo abafou o jogo. Quando o jogo saiu na retrocompatibilidade do Xbox One no final do ano passado, acabou voltando a ganhar algum destaque. Lost Odyssey em sua mídia física vinha com 4 discos, foi um dos primeiros jogos multidiscos a chegar na retro e trouxe com ele muitos eles, como seu "companheiro" Blue Dragon, outro grande jRPG do Xbox 360.

Eu comprei o jogo há algum tempo já, não foi no lançamento, mas foi perto dele, na época cheguei a começar a jornada mas como sabia que era um jogo longo acabei parando e jogando outras coisas. Agora há cerca de 1 mês retomei o jogo, dessa vez indo até o final dele. Eu aprecio muito jogos deste gênero, mas pra me agradar, o jogo tem que ser bom, muito bom, senão sem chances. E Lost Odyssey prendeu, agradou, surpreendeu e me deixou até meio irritado por não  ter jogado antes, este era um jogo que era pra ter sido jogado lá atrás, e agora podia estar jogando outra vez sem problemas. Este era um jogo que não podia ter passado batido no Xbox 360, esse era um jogo que deveria ter sido muito mais divulgado e elogiado pela critica, sabe por quê? Por que ele é foda pra caramba! Joguei tantos jogos bons no Xbox 360 mas ouso dizer que este aqui fica tranquilamente entre os três melhores com facilidade. E por quê eu acho isso vocês vão descobrir ao longo desta análise.

História

Tem jogo que não precisa ter história boa pra ser legal, mas tem jogo em que a história é fundamental. Pra você conseguir ir até o final em um jRPG tão longo quanto esse, o enredo precisa ser no mínimo interessante. Lost Odyssey apresenta um jovem chamado Kaim Argonar, que aparece no meio de uma guerra entre dois países (Ulhra e Ghotza) e logo se destaca pois é evidente que ele tem poderes maiores que os dos soldados comuns, a guerra é interrompida por um meteoro, que cai no campo de batalha. Kaim é o único sobrevivente, é aí então que você descobre que ele é imortal. Há também uma outra sobrevivente: Seth Balmore. Após os eventos, Ulhra envia Kaim e Seth para investigar as obras misteriosas do Grand Staff, uma torre gigante que está sendo construída para armazenar energia mágica. Ah sim, esqueci de citar que o jogo se passa em uma era onde literalmente a magia está no ar! Kaim e Seth tem algo incomum, ambos perderam suas memórias, e recuperá-las é parte importante da história do jogo. Chega de contar coisas, o que interessa é que a história não é só boa o suficiente pra prender o jogador, ela é fantástica! O jogo conta com muitos personagens extremamente cativantes e que tem um papel de destaque na história, ao longo você percebe que Kaim terá que dividir o protagonismo com muitos outros heróis fantásticos.

O enredo do jogo conta com muitas cenas emocionantes e muito bem feitas. Não tem parte "morna", o jogo apresenta eventos importantes e relevantes o tempo todo. Para terminar a história levei em torno de 60 horas. Outro ponto  importante é que toda essa emocionante história ainda recebe um toque a mais com a trilha sonora impecável composta por Nobuo Uematsu, o cara que fez as melhores músicas da franquia Final Fantasy. Você verá que a trilha está tão linda quanto a dos melhores jogos desta outra franquia famosa de jRPG, que aliás, decaiu de forma significativa depois que perdeu os desenvolvedores que estão aqui em Lost Odyssey.

Jogabilidade

Aqui temos um ponto bastante polêmico: O jogo é sim com batalhas em turnos. O sistema de batalhas não é muito complexo, você precisa ficar atento principalmente com a formação de sua "party", atentando para deixar os mais fortes e com características mais ofensivas na frente, e os mais fracos atrás, na defensiva. Há personagens imortais, como Kaim, e humanos normais. Os imortais podem aprender as skills dos mortais e portanto você poderá desenvolvê-los a seu gosto, mas é importante prestar atenção no status de cada um deles, você verá qual a melhor vocação que ele tem e que tipo de skills irão se adaptar melhor a eles. É importante evoluir os imortais e fazê-los aprender as melhores skills. Quanto aos mortais, também terão que ser evoluídos, pois quanto maior o level, mais skills eles aprendem, e desta forma "ensinam" os imortais.

Você também poderá equipar anéis, que são parte importante do sistema de ataques do jogo. Alguns anéis dão habilidades elementais e outras especiais que poderão ser aproveitadas pelo jogador e utilizadas em táticas de batalha. Os personagens também podem ser equipados com acessórios que lhes dão novas skills. Os imortais também podem aprender as skills dos acessórios, já os mortais poderão utilizá-las apenas quando estão equipados.

Uma pena não poder equipar armaduras, os personagens vão usar as mesmas vestimentas do início ao final da jornada.

Além dos ataques normais, você poderá usar habilidades especiais de cada personagem e magias. As magias estão divididas em quatro:

White Magic - A clássica magia branca que engloba feitiços de cura e recuperação, mas tem alguns ataques também.

Black Magic - Magias ofensivas e baseadas em elementos.

Spirit Magic - Aqui temos os feitiços que alteram o status do personagem ou inimigos, podendo deixá-los mais poderosos, rápidos, fracos, lentos e etc.

Composite Magic - Estes feitiços compostos são os mais úteis, você poderá combinar feitiços de muitos maneiras, atacando vários inimigos ao mesmo tempo ou recuperando seu time.

Quanto a exploração, o jogo terá cidades e muitas dungeons, algumas bem lineares. Outras já são maiores e contém alguns enigmas e puzzles, são simples, mas tem. O jogo vai se passar por muitos cenários, cidades e dungeons diferentes. Quando conseguir alguma embarcação, poderá explorar um pouco o mapa, mas isso é mais lá pra frente.

Gráficos

Quando fiz a "rapidinha" do jogo, coloquei na parte de contras que os gráficos são simples. Bom, na verdade eles são e não são. Os personagens são muito bem feitos, o jogo tem lindas cenas "ingame" e também em "cg". Alguns cenários são maravilhosos, mas alguns são bastante simples, por isso essa citação. Mas nada que atrapalhe o jogo. Portanto, resumindo.. os gráficos são bons, mas faltou capricho em alguns cenários do jogo, precisava de uma polidinha a mais. Nas batalhas você verá efeitos impressionantes durante a execução das magias mais fortes.

Veredito

Lost Odyssey é um dos melhores jogos da geração passada, um grande exclusivo do Xbox 360! Mesmo que você não for fã do gênero vale a pena conferir. O jogo não fica maçante em nenhum momento, é preciso grindar algumas vezes mas você não vai precisar perder muito tempo com isso até por quê no final do jogo há algumas dungeons especiais que dão muita experiência. A história, a música, o jogo é tão bom que você vai passar por ele tão naturalmente que vai querer jogar outra vez.

Item obrigatório na sua coleção Caixista! E se você não é Caixista não tem problema, desfrute desse jogaço também!

Segue nossa rapidinha sobre ele que já foi postada em nossa página no face:

Minha nota conforme os selos usados na rapidinha: JOGO FODA! Bem foda mesmo!!!

Algumas screenshots (Do marketplace):








Por Paulo Recco